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Ponto a ponto, alinhavam-se lembranças e se recuperam histórias. Nos workshops e oficinas valemo-nos da experiência clínica fundamentada na teoria winnicottiana, utilizando o bordado como mediação. 
Num uso criativo apropriado a contextos não psicoterapêuticos e visando à criação de um espaço transicional voltado para o trabalho grupal, pudemos, em diversos momentos, reafirmar nossa crença na compreensão do acontecer clínico como um encontro inter-humano potencialmente capaz de favorecer experiências mutativas.
 
A metodologia utilizada nesse trabalho é pautada nos conceitos norteadores dos projetos desenvolvidos na Ser e Fazer Oficinas Psicoterapêuticas de Criação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, onde defendi minha dissertação de mestrado (FERREIRA, J.C. Encontrando a Mulher: a psicanálise do self na abordagem de um singular plural, 2004, USP).
De acordo com estes postulados, por intermédio de várias dinâmicas, busca-se a criação de um espaço lúdico onde a imaginação flua sem amarras, clima propício ao resgate dos aspectos culturais, históricos e pessoais. A promoção de um ambiente acolhedor permite que, além do mero ensino, sejam assimilados outros importantes conhecimentos, tanto relativos à própria existência, como às formas de se relacionar com o outro. 
Esta conduta favorece, no dizer de Benjamim (1936/1996), a instauração de um campo propício a um precioso compartilhamento de experiências.
 
Metodologia